segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Campos de Punição

Estou flutuando em meus pensamento mais íntimos, deixando fluir toda glória da minha alma e do meu ser.
Deixando de ser apenas mais um em meio a uma multidão perdida, todos cheios de espaços vazios e rótulos colocados pela sociedade, e sem ao menos saber qual a a batalha lutar.
Como a cocaína em meu cérebro, me pulsa sangue de forma rápida pelas minhas artéria, fazendo a pressão aumentar a ponto de perder o ritmo da respiração.
Minha mente corre tão rápido e mais ardente que o fogo que queima as palhas secas nos campos, espelhando por quilômetros, sufocando com sua fumaça tóxica...
Meu intimo pertence a mim, esqueço quem sou, lhe dou... dou mesmo sabendo que esta parte de mim me fará falta e que machucara quando arrancar o padeço da carne fresca que será servida; uma mesa posta, às 15 horas serve-se o chá, quente, queimando cada neurônio que ainda me resta.
O fumo na sua boca é tragado para dentro apenas para ser assoprado para longe, a bebida que serve pra mim, é a mesma que outrora serviu a outros, o sumo que lhe dei foi oferecido em uma mesa para quatro, entre quatro paredes, onde dentro ali havia uma dor causada por um monstro cego.
Fluir...
Florescer em campos quentes e áridos é apenas para arvores de espinho, e segurar estas arvores requer força, o agave que embriaga a mente é amargo, porém os resultados são doces e incertos, incoerentes!
Viagem longínqua d'alma além de onde se compreende e de onde pode se enxergar, e muito longe de dores causadas, pensadas, e ainda sim praticadas.
Amargo sabor do veneno dos meu lábios ainda corre pra dentro de sua vida e aos poucos te corroendo, um pedaço da sua alma estará sempre ligado a minha, e você sabe disso.
Serei o caminho de dor em que você estrá pisando até suas solas escorrerem e você se esvair de cansaço e lembrar da proteção que eu lhe oferecia.
Minhas lembranças serão facas em seu peito, facas afiadas com um único corte, corte este certeiro e derradeiro que te derrubara em fim, por fim!
No Campo da punição, a caminho da porta da morte, se lembrará dos bons momentos e se arrependerá, mesmo quando me ver sorrindo na multidão sem querer te ajudar, o remorso não irá partir de sua caixa torácica, onde bate seco onde um dia teve os tambores de sua vida.

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